por Claudio Falcão
Sou sócio do Botafogo de Futebol e Regatas desde junho de 1974, ininterruptamente, portanto há mais de 35 anos, inicialmente como contribuinte e posteriormente como proprietário. Durante esse tempo tive duas experiências como ‘cartola’ do clube.
A primeira, informalmente, pois em um passeio na época de férias da faculdade, de 1975 para 1976, à mineira cidade de Juiz de Fora, onde até hoje residem muitos parentes meus, dirigi-me à sede do Olímpico Atlético Clube para uma visita, onde a princípio a intenção era a de somente conhecer as instalações daquela tradicional agremiação, porém ao ser apresentado ao dirigente Mário Helênio de Lery Santos, o ‘Radialista Mário Helênio’, hoje já falecido, e que dá nome ao estádio municipal da ‘Manchester Mineira’, veio-me a ideia de tentar trazer as equipes de voleibol do Botafogo para participar de partidas amistosas naquela cidade.
O dirigente mineiro perguntou-me se eu teria acesso aos seus colegas botafoguenses e eu, que acompanhava na época as partidas do nosso voleibol em diversos ginásios e em várias categorias, respondi afirmativamente. Com essa resposta, Mário Helênio me afirmou que eu estava autorizado a ‘negociar’ com os ‘cartolas’ do Botafogo, nas seguintes bases: o clube juizforano se responsabilizaria pela hospedagem e alimentação da nossa delegação e o Alvinegro arcaria com os custos do transporte.
De volta ao Rio, levei a proposta aos nossos dirigentes, os quais entraram em contato com Mário Helênio, aceitando a proposta e acertando os detalhes. Viajariam as equipes adulta feminina e o melhor que tínhamos do elenco masculino, visto que seria muito difícil levar os ‘cobrões’ da equipe principal naquela excursão, pois só para se ter uma ideia, quatro de nossos titulares estavam a serviço da seleção olímpica brasileira. O aprendiz de ‘cartola’, Claudio Falcão, com certeza como um prêmio pela intermediação, foi convidado a acompanhar a delegação alvinegra.
Viajamos de ônibus para Juiz de Fora no sábado 8 de maio de 1976 e, ao chegarmos lá, pudemos ler a manchete do hoje extinto jornal ‘Diário Mercantil’, que anunciava assim as partidas: “Vôlei tem ótima noitada na cidade: Olímpico x Botafogo”. No também hoje extinto ‘Diário da Tarde’ a manchete era bastante parecida: “Vôlei tem hoje um grande espetáculo – Botafogo x Olímpico”. Na falta de uma qualificação para minha pessoa, que, como disse, acompanhava a delegação, referiram-se a mim como “representante da Torcida Jovem”, já que realmente eu não tinha cargo de direção no Voleibol do Botafogo. Ficamos hospedados no Hotel São Luiz, à Rua Halfeld, Centro da Cidade.
As duas partidas foram realizadas naquela mesma noite. A preliminar feminina foi bastante disputada e terminou com nossa vitória por 3x2 (parciais de 15x2, 15x4, 10x15, 4x15 e 19x17), atuando pelo Botafogo nossa grande revelação Rosita, então com 16 anos de idade, mais Mônica, Beth, Márcia Regina, Marlene e Selma, entrando no decorrer do jogo Dóris, Angelina e Denise. No masculino, apesar de estarmos representados por uma equipe basicamente de juvenis, triunfamos por 3x0 (parciais de 15x4, 15x2 e 15x13), contando com Marco Aurélio, Nelsinho, Álvaro, Alberto, Pedro e Betinho, tendo ainda atuado Tadeu, Mesquita e Luiz Fernando.
Após o pernoite no já citado Hotel São Luiz, retornamos no domingo ao Rio de Janeiro, trazendo duas vitórias na bagagem. O ‘Diário da Tarde’ de segunda-feira 10 de maio noticiou assim a jornada: “Olímpico perdeu para o Botafogo: 3x2 e 3x0” e “Botafogo venceu os dois jogos contra o Olímpico”.
A segunda experiência ocorreu no final de 1981, quando fui convidado, ainda como sócio contribuinte, a fazer parte da chapa que concorreu à eleição para renovação do corpo transitório do Conselho Deliberativo do Clube, a qual foi vitoriosa, tendo a mesma eleito José Eduardo (Juca) Mello Machado para Presidente do Conselho Diretor do Botafogo, derrotando nas urnas o candidato da situação, Emmanuel Sodré Viveiros de Castro, o Maninho. Juca tomou posse em janeiro de 1982, para um mandato que se estenderia até o final de 1984. Infelizmente o mesmo renunciou à presidência no transcurso do mandato, tendo o Conselho Deliberativo convocado nova eleição, para a qual se apresentaram como candidatos ao cargo os senhores Alcino Faria Machado e o mesmo Maninho, cuja chapa fora derrotada no pleito inicial, ambos membros natos do Conselho, saindo vencedor o segundo, que tomou posse em novembro de 1983 e dirigiu nosso clube até o final de 1984. Durante os três anos frequentei assiduamente nossas assembleias, participando de diversas votações e de decisões delas emanadas.
No final de 1984, época de novas eleições, fui novamente convidado a participar de uma chapa para renovação do corpo transitório do Conselho Deliberativo, a qual apoiava Jorge Aurélio Ribeiro Domingues para a presidência, porém não logramos êxito naquele pleito.
Dali em diante continuei sendo apenas o torcedor apaixonado da Estrela Solitária, que sempre serei, bem como pesquisador dos vários fatos que contam a História do Glorioso Botafogo de Futebol e Regatas.
Sou sócio do Botafogo de Futebol e Regatas desde junho de 1974, ininterruptamente, portanto há mais de 35 anos, inicialmente como contribuinte e posteriormente como proprietário. Durante esse tempo tive duas experiências como ‘cartola’ do clube.
A primeira, informalmente, pois em um passeio na época de férias da faculdade, de 1975 para 1976, à mineira cidade de Juiz de Fora, onde até hoje residem muitos parentes meus, dirigi-me à sede do Olímpico Atlético Clube para uma visita, onde a princípio a intenção era a de somente conhecer as instalações daquela tradicional agremiação, porém ao ser apresentado ao dirigente Mário Helênio de Lery Santos, o ‘Radialista Mário Helênio’, hoje já falecido, e que dá nome ao estádio municipal da ‘Manchester Mineira’, veio-me a ideia de tentar trazer as equipes de voleibol do Botafogo para participar de partidas amistosas naquela cidade.
O dirigente mineiro perguntou-me se eu teria acesso aos seus colegas botafoguenses e eu, que acompanhava na época as partidas do nosso voleibol em diversos ginásios e em várias categorias, respondi afirmativamente. Com essa resposta, Mário Helênio me afirmou que eu estava autorizado a ‘negociar’ com os ‘cartolas’ do Botafogo, nas seguintes bases: o clube juizforano se responsabilizaria pela hospedagem e alimentação da nossa delegação e o Alvinegro arcaria com os custos do transporte.
De volta ao Rio, levei a proposta aos nossos dirigentes, os quais entraram em contato com Mário Helênio, aceitando a proposta e acertando os detalhes. Viajariam as equipes adulta feminina e o melhor que tínhamos do elenco masculino, visto que seria muito difícil levar os ‘cobrões’ da equipe principal naquela excursão, pois só para se ter uma ideia, quatro de nossos titulares estavam a serviço da seleção olímpica brasileira. O aprendiz de ‘cartola’, Claudio Falcão, com certeza como um prêmio pela intermediação, foi convidado a acompanhar a delegação alvinegra.
Viajamos de ônibus para Juiz de Fora no sábado 8 de maio de 1976 e, ao chegarmos lá, pudemos ler a manchete do hoje extinto jornal ‘Diário Mercantil’, que anunciava assim as partidas: “Vôlei tem ótima noitada na cidade: Olímpico x Botafogo”. No também hoje extinto ‘Diário da Tarde’ a manchete era bastante parecida: “Vôlei tem hoje um grande espetáculo – Botafogo x Olímpico”. Na falta de uma qualificação para minha pessoa, que, como disse, acompanhava a delegação, referiram-se a mim como “representante da Torcida Jovem”, já que realmente eu não tinha cargo de direção no Voleibol do Botafogo. Ficamos hospedados no Hotel São Luiz, à Rua Halfeld, Centro da Cidade.
As duas partidas foram realizadas naquela mesma noite. A preliminar feminina foi bastante disputada e terminou com nossa vitória por 3x2 (parciais de 15x2, 15x4, 10x15, 4x15 e 19x17), atuando pelo Botafogo nossa grande revelação Rosita, então com 16 anos de idade, mais Mônica, Beth, Márcia Regina, Marlene e Selma, entrando no decorrer do jogo Dóris, Angelina e Denise. No masculino, apesar de estarmos representados por uma equipe basicamente de juvenis, triunfamos por 3x0 (parciais de 15x4, 15x2 e 15x13), contando com Marco Aurélio, Nelsinho, Álvaro, Alberto, Pedro e Betinho, tendo ainda atuado Tadeu, Mesquita e Luiz Fernando.
Após o pernoite no já citado Hotel São Luiz, retornamos no domingo ao Rio de Janeiro, trazendo duas vitórias na bagagem. O ‘Diário da Tarde’ de segunda-feira 10 de maio noticiou assim a jornada: “Olímpico perdeu para o Botafogo: 3x2 e 3x0” e “Botafogo venceu os dois jogos contra o Olímpico”.
A segunda experiência ocorreu no final de 1981, quando fui convidado, ainda como sócio contribuinte, a fazer parte da chapa que concorreu à eleição para renovação do corpo transitório do Conselho Deliberativo do Clube, a qual foi vitoriosa, tendo a mesma eleito José Eduardo (Juca) Mello Machado para Presidente do Conselho Diretor do Botafogo, derrotando nas urnas o candidato da situação, Emmanuel Sodré Viveiros de Castro, o Maninho. Juca tomou posse em janeiro de 1982, para um mandato que se estenderia até o final de 1984. Infelizmente o mesmo renunciou à presidência no transcurso do mandato, tendo o Conselho Deliberativo convocado nova eleição, para a qual se apresentaram como candidatos ao cargo os senhores Alcino Faria Machado e o mesmo Maninho, cuja chapa fora derrotada no pleito inicial, ambos membros natos do Conselho, saindo vencedor o segundo, que tomou posse em novembro de 1983 e dirigiu nosso clube até o final de 1984. Durante os três anos frequentei assiduamente nossas assembleias, participando de diversas votações e de decisões delas emanadas.
No final de 1984, época de novas eleições, fui novamente convidado a participar de uma chapa para renovação do corpo transitório do Conselho Deliberativo, a qual apoiava Jorge Aurélio Ribeiro Domingues para a presidência, porém não logramos êxito naquele pleito.
Dali em diante continuei sendo apenas o torcedor apaixonado da Estrela Solitária, que sempre serei, bem como pesquisador dos vários fatos que contam a História do Glorioso Botafogo de Futebol e Regatas.
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