quarta-feira, 26 de setembro de 2018

O Craque Tovar e o seu Automóvel Austin

pesquisa de Claudio Falcão

A 3 de dezembro de 1946 a Diretoria do Botafogo presenteou o seu craque amador de futebol Paulinho Tovar, que tantas e tantas vezes defendeu o time principal do Alvinegro, com um automóvel Austin, em virtude dos grandes serviços prestados por ele ao Clube do seu coração. A entrega ocorreu dois dias antes do antigo jogador colar grau em Medicina.

Na foto, à esquerda, Paulinho Tovar
(imagem: revista 'Esporte Ilustrado')


[Fontes: Esporte Ilustrado, nº 453, 12/12/1946 e ‘O Futebol no Botafogo – 1904-1950’, de Alceu Mendes de Oliveira Castro.]

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Botafogo foi derrotado pelo Bahia na Sul-Americana

por Claudio Falcão


Iniciando a partida com uma equipe contando basicamente com jogadores suplentes, o Botafogo levou um gol logo aos quatro minutos e perdeu por 2 a 1 para o E.C. Bahia, no jogo de ida pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana.

O confronto de volta está marcado para 3 de outubro no Estádio Nílton Santos.

Ficha Técnica:

BOTAFOGO F.R. 1 x 2 E.C. BAHIA (BA)
Data: 20/09/2018
Local: Arena Fonte Nova, Salvador (BA)
Arbitragem: Piero Maza (CHI), auxiliado por Christian Schiemann e Claudio Ríos
Renda / Público: R$195.226,00 / 13.725 presentes
Gols: Ramires (Bahia), aos 4’ (1º tempo); Clayton (Bahia), aos 14’ e Rodrigo Pimpão (Botafogo), aos 16’ (ambos no 2º tempo)
Cartões amarelos: Jean, Bochecha e Ígor Rabello (Botafogo); Gregore e Nino Paraíba (Bahia)
Cartão vermelho: Léo (Bahia)
Botafogo: Diego, Luís Ricardo, Marcelo Benevenuto, Ígor Rabello e Gílson; Jean (Aguirre), Bochecha, Rodrigo Lindoso (capitão) e Leo Valencia (Luiz Fernando); Rodrigo Pimpão (Marcinho) e Brenner. Técnico: Zé Ricardo
Bahia: Douglas, Nino Paraíba, Grolli, Lucas Fonseca (Éverton) e Léo; Gregore, Élton e Ramires; Zé Rafael (Vinícius), Clayton (Júnior Brumado) e Edigar Júnio. Técnico: Enderson Moreira

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Pato Donald Botafoguense em 1945

pesquisa de Claudio Falcão

Os tempos são outros, sem dúvida.

Mas temos adiante flagrantes de uma homenagem prestada ao Botafogo pelo C.R. Vasco da Gama, em General Severiano, antes da partida de 14 de outubro entre as duas agremiações, pelo Campeonato Carioca de 1945, que terminaria empatada em 2 a 2, marcando para o Glorioso os atacantes Tim e Lula.

(Jornal dos Sports, 16/10/1945)

O ‘PATO’ PROMOVIDO A ‘EMBAIXADOR’ DE ‘BOA VIZINHANÇA’

“A nota curiosa do ‘clássico’ Botafogo x Vasco foi dada pelos cruzmaltinos, antes do início do prélio. Referimo-nos ao ‘Pato’ confeccionado com flores que Lelé, ‘captain’ do quadro de São Januário entregou no centro do gramado a Heleno, ‘captain dos alvinegros. A delicada lembrança do Vasco teve o dom de desanuviar inteiramente o ambiente, preparando o espírito de todos para que o prélio decorresse na mais completa ordem, quer dentro, ou fora de campo. Deste modo, o ‘Pato’ foi promovido a ‘embaixador’ de ‘boa vizinhança’, concorrendo com a sua presença para a cordialidade reinante entre os cracks. A gravura, fixa o momento da entrega do ‘Pato’ a Heleno, vendo-se ainda Lelé, Sarno e Laranjeira”.

(Esporte Ilustrado, 25/10/1945)

Poleiro de PATO não é o Chão...

“No clássico Botafogo F. R. x C. R. Vasco da Gama, causou excelente impressão, pelo sabor de humorismo e de confraternização esportiva, a oferta dos vascaínos aos botafoguenses, de um belíssimo ‘Pato Donald’, de flores.

Como se sabe, o desenhista Mollas [nota: o argentino Lorenzo Molas], aproveitando a genial criação de Walt Disney, fez do Pato o símbolo do Botafogo F. R., ideia que foi aceita unanimemente. Daí a iniciativa do Vasco da Gama.

Acontece, porém, que o ‘Pato’, ao ser exibido, ficou repousando sobre um banco de longas pernas. E ao se findar o jogo, no qual os cruzmaltinos passaram duros momentos, empatando-o, um torcedor, alvinegro por certo, lembrou-se daquela canção popular carnavalesca que para representar a inferioridade de muita gente dizia ‘que poleiro de pato é o chão’... E esse torcedor disse: – É... O Vasco não acreditou naquele banco... Aquele banco o Botafogo botou lá pra mostrar que poleiro de ‘Pato’ não é o chão...”

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Salvador Peixoto, Chefe da Primeira Torcida Organizada do Botafogo

pesquisa de Claudio Falcão

Na década de 1940 passou a haver um movimento para a criação de grupos organizados de torcedores das agremiações de futebol do Rio de Janeiro.

No caso do Alvinegro carioca, coube a Salvador Peixoto, no início de outubro de 1945, agrupar os torcedores do Glorioso em sua primeira torcida organizada.

A estreia desta torcida ocorreu a 7 de outubro de 1945, no estádio das Laranjeiras, e foi com o pé direito, pois o Botafogo derrotou o Fluminense por 1 a 0, pelo campeonato carioca, gol do atacante uruguaio Franquito.

Observem a seguir uma imagem na qual Salvador, em visita à redação do antigo periódico ‘Diário da Noite’, mostrava a um repórter exemplar de uma bandeirinha botafoguense, que seria distribuída aos adeptos do Glorioso para que incentivassem o Clube em uma partida de futebol.

(Diário da Noite, 10/10/1945)