Passagem de Waldemar de Britto pelo Botafogo

pesquisa de Claudio Falcão

('A Nação', 03/02/1935)

Waldemar de Britto nasceu em São Paulo (SP), a 17 de maio de 1913 (*), e era irmão de outro famoso jogador de sua época, Petronilho de Britto. Faleceu e foi sepultado em Bauru (SP) a 22 de dezembro de 1979 (**).

Até hoje é tido como o ‘descobridor de Pelé’, visto que era treinador no Bauru A.C. (SP), quando surgiu o menino Édson Arantes do Nascimento, aquele que seria o maior jogador de futebol de todos os tempos, que depois foi conduzido por ele ao Santos F.C.

Waldemar era atacante do São Paulo F.C. em 1934, quando foi contratado e convocado pela então CBD (atual CBF) para a disputa da Copa do Mundo daquele ano, realizada na Itália.

Após a competição mundial, o atleta vinculou-se ao Botafogo e, por somente dois meses, de dezembro/1934 a fevereiro/1935, defendeu as cores do Glorioso.

Foram apenas 7 (sete) partidas, todas de caráter amistoso, marcando 1 (um) gol, justamente em sua despedida, em 03/02/1935, na derrota do Alvinegro por 4 a 2 contra o poderoso C.A. River Plate (ARG).

Muito provavelmente foi o segundo jogador negro a atuar pelo Botafogo, depois do médio Paulino de Souza, de 1906 e antes de Leônidas da Silva, que veio em junho de 1935.

Waldemar, ainda em fevereiro de 1935, foi contratado pelo C.A. San Lorenzo de Almagro (ARG), pela quantia de 15.000 pesos argentinos (***).

(*) – Fonte: O Globo Sportivo, 22/03/1946.

(**) – Fontes: Jornal do Brasil, 23/12/1979 e Jornal da República (SP), 24/12/1979.

(***) – Fontes: A Noite, 01/02/1935 e Jornal dos Sports, 06/02/1935.