quarta-feira, 16 de março de 2022

Jairzinho, um dos Maiores Ídolos do Botafogo

pesquisa de Claudio Falcão

Jairzinho em 1964 e 1972
(colagem: Revista do Esporte / Grandes Clubes Brasileiros)

Jairzinho, o ‘Furacão da Copa’, já foi motivo de uma postagem aqui no DataFogo, e agora retornamos para apresentar outras informações sobre a carreira deste que é um dos maiores ídolos da História Gloriosa do nosso Botafogo.

Nome: Jair Ventura Filho

Nascimento: Duque de Caxias (RJ), 25 de dezembro de 1944.

Filiação: Jair Ventura (falecido quando Jairzinho ainda era criança) e Dolores Alves Santos.

Jairzinho concluiu os seus ‘estudos primários’ na Escola Francisco Alves, situada na Travessa Pepe, em Botafogo, e residia com sua mãe à Rua General Severiano, quando iniciou sua carreira no futebol pelo Clube da Estrela Solitária.

Casou-se com Thereza Christina Zaksauskas Ribeiro a 7 de fevereiro de 1975, e desta união nasceram Janaína (‘Jana’) Zaksauskas Ventura, nascida em 1976, e Jair Zaksauskas Ribeiro Ventura, o Jair Ventura, nascido a 19 de março de 1979, ex-jogador e atual técnico de futebol, que dirigiu a equipe de profissionais do próprio Botafogo em 2016 e 2017.

Carreira de Jairzinho:

I) Botafogo

Levado pelo antigo jogador Lucas (José Benedito Lucas de Oliveira), Jairzinho começou a competir pelos Juvenis do Glorioso em 1961, início de sua trajetória gloriosa em defesa das cores alvinegras.

E antes de completar 18 anos de idade estreou pelos profissionais do Botafogo, em partida amistosa contra o Independiente Santa Fe-COL, em 15 de agosto de 1962, com uma vitória por 3 a 1.

Pelos Juvenis foi tricampeão carioca (1961-1962-1963).

E pelos profissionais: campeão do Torneio Início (1963), bicampeão carioca (1967-1968), bicampeão da Taça Guanabara (1967-1968), duas vezes campeão do Torneio Rio-São Paulo (1964 e 1966), campeão do Torneio Governador Magalhães Pinto – Belo Horizonte (1964), do Torneio Jubileu de Ouro da Associação de Futebol – La Paz (BOL) (1964), do Quadrangular do Suriname (1964), da Taça Círculo de Periódicos Esportivos – Caracas (VEN) (1966), da Taça Carranza de Buenos Aires (1966) e do Hexagonal do México (fevereiro de 1968), além das taças Júlio Bustamante e Ildemaro Ramos – Caracas (VEN) (agosto de 1968).

Pelo Botafogo Jairzinho atuou basicamente com duas camisas, a nº 7, pois inicialmente entrava no time cobrindo as ausências de Garrincha, e a nº 10, com a qual conquistou seus principais títulos pelo Glorioso.

Nesta primeira passagem pelo Botafogo, Jairzinho despediu-se da torcida alvinegra em 13 de outubro de 1974, marcando um gol na derrota de 2 a 1 do Glorioso para o Vasco da Gama, pelo campeonato carioca.

II) Olympique de Marseille (FRA)

Negociado com o clube francês por 200 mil dólares, o equivalente a aproximadamente Cr$1.400.000,00 (nossa moeda na época), o atacante rumou para a França em 16 de outubro de 1974, acompanhado de sua mãe, d. Dolores e de sua então futura esposa Thereza Christina.

III) Kaizer Chiefs FC (AFS) *

Após a sua saída do Olympique de Marseille, já com o passe livre, Jairzinho acertou em novembro de 1975 a sua participação em quatro partidas pelo clube sul-africano Kaizer Chiefs, de Johannesburgo (* informação com a colaboração de Rodrigo Dias).

IV) Cruzeiro EC (MG)

Chegando ao Cruzeiro em janeiro de 1976 e estreando a 1º de fevereiro, o craque conquistou o campeonato mineiro de 1975, que até então ainda não havia sido concluído, e a Copa Libertadores da América (1976).

Deixando o clube mineiro em janeiro de 1977, Jairzinho defendeu amistosamente a equipe do Volta Redonda FC, no empate de 0 a 0 contra o seu Botafogo, em 29 de janeiro daquele ano.

V) Portuguesa FC (Acarigua-VEN)

Jairzinho acertou com o clube venezuelano em fevereiro de 1977, e por esta agremiação conquistou o título nacional daquele ano.

VI) EC Noroeste (Bauru-SP)

Já em março de 1978 passou a defender este clube do interior paulista.

VII e VIII) Fast Clube (AM) e Nacional FC (AM)

Rumando para a região norte do Brasil, Jairzinho defendeu seguidamente duas equipes do Amazonas, inicialmente o Fast Clube (junho de 1979), por três meses e por último o Nacional.

IX) CD Jorge Wilstermann (BOL)

Em abril de 1980, firmou contrato com este conhecido clube boliviano, pelo qual foi campeão nacional naquele ano.

X) Botafogo

Jairzinho retornou ao seu clube de coração em junho de 1981, defendendo as cores do Glorioso até o final do mesmo ano.

XI) 9 de Octubre FC (Guayaquil-EQU)

E em fevereiro de 1982, Jairzinho firmou compromisso com este clube equatoriano.

XII) GO Tiradentes (DF)

Em abril de 1983 atuava pelo Tiradentes (DF), quando pela segunda vez enfrentou o Botafogo, agora na partida decisiva do Torneio 23º Aniversário de Brasília, marcando o único gol da derrota por 3 a 1 do seu clube da época para o Alvinegro carioca.

Em 14 de dezembro de 1983 concluiu o curso de auxiliar de treinador de futebol, na Escola de Educação Física do Exército, na Urca, Rio de Janeiro, preparando-se para a sua futura carreira, permanecendo ligado ao esporte.

Títulos pela Seleção Brasileira

I) Amadora – campeão pan-americano (São Paulo-1963).

II) Profissional – Jairzinho competiu pelo selecionado brasileiro em três copas do mundo (1966, 1970 e 1974), sagrando-se campeão no México (1970), jogando com a camisa nº 7, sendo até hoje o único jogador de seleção campeã a marcar gols em todas as partidas de uma copa.

Também foi campeão pela seleção brasileira na disputa da Taça Independência (‘Minicopa’), marcando o gol do título na partida Brasil 1 x 0 Portugal, em 9 de julho de 1972, no Maracanã.

Ingresso da final da Taça Independência (09/07/1972)

Apelidos

‘El Toro’ – assim foi apelidado pelos mexicanos, em vista de suas grandes atuações pelo Botafogo, na disputa do Torneio Hexagonal (fevereiro de 1968).

‘Furacão da Copa’ – um dos destaques da seleção brasileira no tricampeonato mundial (México/1970), Jairzinho passou a ser conhecido por este apelido, verdadeiro cartão de visitas de um fabuloso jogador.

Algumas Homenagens

Em 3 de março de 1982, ao completar 100 jogos pelo selecionado brasileiro, Jairzinho foi homenageado pela CBF, que lhe ofereceu uma réplica da Taça Jules Rimet. Na ocasião, o Brasil empatou em 1 a 1 com a seleção da Tchecoslováquia.

Pelo Botafogo, o craque teve o lançamento de uma camisa comemorativa, com a sua assinatura em dourado e o nº 7 (2006) e a inauguração de uma estátua de bronze na entrada do estádio Nílton Santos (agosto/2010), obra do artista plástico Edgard Duvivier.

Jairzinho com sua camisa comemorativa
(revista 'Botafogo no Coração', nº 5 / 2006)

Estátua de Jairzinho - Estádio Nílton Santos
(foto: Thiago Lavinas / globoesporte.com - 2010)

[Fontes: Jornal dos Sports, Manchete, O Cruzeiro, O Globo, O Jornal, Placar, Revista do Esporte, revista ‘Botafogo no Coração’ – nº 5, maio-junho/2006, https://www.kaizerchiefs.com/ e https://datafogo.blogspot.com/2015/03/jairzinho-o-furacao.html.]

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