quarta-feira, 9 de outubro de 2019

O Antigo Ponteiro Paraguaio

pesquisa de Claudio Falcão

Paraguaio em 1951
(imagem: O Globo Sportivo)

Vindo do Club Olimpia (PAR), Egídio Landolfi, conhecido no mundo esportivo como Paraguaio, chegou ao Botafogo em 1947, atuando inicialmente pelos Juvenis.

Nascido em Campanário (MS), em 30 de janeiro de 1928, militou inicialmente nos gramados do Paraguai, e no ano de 1948 já estreava na equipe principal do Glorioso.

O ponteiro-direito, pelo Botafogo, atuou em 142 partidas (mais 4 pelo Torneio Início), assinalando 45 gols (nenhum pelo Torneio Início), entre 1948 e 1953, resultado de criteriosa pesquisa de Pedro Varanda.

Estreia pelos Profissionais:

Botafogo 0 x 0 C. Atlético Paranaense
Dia: 29/05/1948
Local: General Severiano
Competição: amistoso (inauguração dos refletores)
Botafogo: Oswaldo ‘Baliza’, Gérson e Nílton Santos; Marinho, Ávila e Juvenal; Nerino (Paraguaio), Geninho, Heleno, Pirillo (Octavio) e Reynaldo.

Como somente no campeonato carioca de 1948 as camisas dos jogadores dos times do Rio de Janeiro passaram a ser numeradas, foi o primeiro camisa 7 do Clube da Estrela Solitária.

E no mesmo ano sagrou-se campeão carioca, tendo atuado em todas as vinte partidas da competição, fazendo parte dessa famosa linha atacante: Paraguaio, Geninho, Pirillo, Octavio e Braguinha.

Último jogo pelo Botafogo: 08/02/1953 – 0 x 1 Nacional (URU) – Copa Montevidéu – Botafogo: Gílson, Gérson e Nílton Santos; Araty, Ruarinho (Richarde) e Juvenal; Paraguaio (Jayme), Geninho, Bravo (Dino da Costa), Zezinho e Braguinha.

Em abril/1953 transferiu-se para o Fluminense F.C., e deste para o América F.C. (RJ), por empréstimo, em junho/1954. Retornando ao Fluminense em março/1955, foi novamente emprestado, em julho do mesmo ano, desta vez para a A. Portuguesa de Desportos (SP), onde permaneceu somente até outubro/1955. Paraguaio recebeu ‘passe livre’ do Fluminense em fevereiro/1956 e teve ainda uma passagem pela A.A. Portuguesa no turno final do campeonato carioca daquele ano.

Encerrada a sua carreira dentro das quatro linhas, passou a ser técnico de futebol, assumindo os Juvenis botafoguenses (atuais Juniores) na temporada de 1960.

Paraguaio com os juvenis botafoguenses em General Severiano
(imagem: Jornal do Brasil, 20/01/1960)

E pelos Juvenis foi o vitorioso treinador tetracampeão carioca (1961-1964) pelo Botafogo.

Já como técnico dos profissionais alvinegros, foi vice-campeão carioca de 1971, e, no mesmo ano, terceiro colocado no Campeonato Nacional.

Egídio Landolfi, o Paraguaio, faleceu no Rio de Janeiro em setembro/1998.

[Fontes: O Globo Sportivo, 17/12/1948; Diário da Noite, 22/12/1948 e 25/08/1953; Diário de Notícias, 12/06/1954; Jornal dos Sports, 16/03. 13/04 e 15/07/1955, 02/02 e 13/10/1956; Jornal do Brasil, 20/01/1960; O Globo, 09/09/1998; ‘O Futebol no Botafogo – 1904-1950’, de Alceu Mendes de Oliveira Castro; ‘O Futebol do Botafogo – 1951-1960’, de Carlos Vilarinho e https://datafogo.blogspot.com/2011/05/sete-camisas-7-do-botafogo.html.]

6 comentários:

  1. Paraguaio era um obscuro aspirante,quando em 1948 foi convidado para jogar por um clube inglês que jogaria contra o próprio Botafogo num amistoso em general Severiano a noite.
    Saiu -se bem,e a partir daí ingressou no time titular.

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  2. Não vi Paraguaio atuar mas foi um bom treinador, educado e de fala mansa. Não fosse o escandaloso erro do juiz José Marçal Filho, na final contra Fluminense em 1971, teria entrado para o rol dos treinadores campeões cariocas pelo clube.

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    1. Mauro, é verdade, teria sido mais um a ser campeão em competições oficiais como jogador e como técnico nos profissionais do Botafogo.
      Infelizmente não foi possível.

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  3. É verdade, como jogador, em 1948 e como técnico em 1971. Teria igualado Zagallo.

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