pesquisa de Claudio Falcão
O aeromodelismo é um esporte em que o Botafogo conquistou títulos significativos no início dos anos 1960. Foi bicampeão da Cidade do Rio de Janeiro (1962-1963), bicampeão carioca de juvenis (1962-1963) e tricampeão carioca de infantis (1961-1962-1963).
Porém o maior êxito alcançado pelo Glorioso nessa modalidade esportiva certamente foi o recorde mundial obtido na disputa do Troféu Mil Voltas da Guanabara, em 1963.
Assim noticiou a Revista Botafogo, boletim informativo do Botafogo de Futebol e Regatas (o trecho destacado em negrito é do editor do blog) :
“Realizou-se, no dia 21-7-63, a competição aeromodelística interestadual ‘III Troféu Mil Voltas da Guanabara’, destinada ao vôo circular controlado, ‘Team Racing’ com regulamento próprio. Deveu-se esta promoção à casa especializada em material aeromodelístico Hobbylândia, do desportista S. Morimoto. A prova, já tradicional no Brasil, vem tendo grande aceitação no estrangeiro, com o nome de ‘Mil Voltas Brasileiras’ e com regulamento brasileiro.
Inscreveram-se nove equipes, representando vários Estados do país. O grande público, que lotou o Aeromodelódromo de Manguinhos, teve a oportunidade de ver o que é o trabalho de equipe, numa prova que depende, principalmente, de sorte e rapidez.
Os cariocas foram os vencedores da prova, representados pelo conjunto ‘Três Azes’, do Botafogo de Futebol e Regatas, muito bem preparados pelos senhores: Luciano Marino Crespi e Haroldo F. Campos (Diretor de Aeromodelismo). A equipe: Fábio Crespi (piloto-aeromodelista), Matsuo Maeda (mecânico) e Antônio Borel (abastecedor), obteve a marca de 53m7s, novo recorde mundial para esta categoria. O aeromodelo vencedor foi desenhado e construído por Matsuo Maeda (que obtém assim seu segundo recorde mundial como componente de uma equipe), e foi equipado com um motor ‘ENIA-29’, de fabricação japonesa, destinado especialmente a operar nesta modalidade.
O mecânico recordista mundial, Matsuo Maeda |
A equipe ‘Xavante’, do Estado de São Paulo, obteve a segunda colocação, representando a União Paulista de Aeromodelismo, com 668 voltas. O Botafogo de Futebol e Regatas obteve, ainda, o terceiro lugar nesta competição, com a equipe Nocaute, representando a Guanabara, com 637 voltas. Os componentes desta foram: Adílson Guimarães (piloto), João Henrique Maia (mecânico) e Ari F. Dinkelmann (abastecedor). As colocações seguintes pertenceram às equipes: Delta, do Estado da Guanabara, com 439 voltas; Able, de São Paulo, com 290 voltas; e, por último, a equipe Triângulo, da Guanabara, com apenas 24 voltas, o que se explica pelo fato de se ter quebrado o comando do aeromodelo. Esta equipe pertence ao Botafogo de Futebol e Regatas, e era uma das favoritas.
No mais, foi magnífico o rendimento técnico geral da prova, devendo ser salientado o ardor e a rapidez no trabalho de equipe”.
[Fontes: Revista Botafogo, n° 202, de setembro/1963 e Revista Grandes Clubes Brasileiros – Botafogo (1972).]
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