pesquisa de Claudio Falcão
Jairzinho em 1964 e 1972 (colagem: Revista do Esporte / Grandes Clubes Brasileiros) |
Jairzinho, o
‘Furacão da Copa’, já foi motivo de uma postagem aqui no DataFogo, e agora
retornamos para apresentar outras informações sobre a carreira deste que é um
dos maiores ídolos da História Gloriosa do nosso Botafogo.
Nome: Jair
Ventura Filho
Nascimento: Duque
de Caxias (RJ), 25 de dezembro de 1944.
Filiação: Jair
Ventura (falecido quando Jairzinho ainda era criança) e Dolores Alves Santos.
Jairzinho
concluiu os seus ‘estudos primários’ na Escola Francisco Alves, situada na
Travessa Pepe, em Botafogo, e residia com sua mãe à Rua General Severiano,
quando iniciou sua carreira no futebol pelo Clube da Estrela Solitária.
Casou-se com
Thereza Christina Zaksauskas Ribeiro a 7 de fevereiro de 1975, e desta união
nasceram Janaína (‘Jana’) Zaksauskas Ventura, nascida em 1976, e Jair Zaksauskas Ribeiro
Ventura, o Jair Ventura, nascido a 19 de março de 1979, ex-jogador e atual
técnico de futebol, que dirigiu a equipe de profissionais do próprio
Botafogo em 2016 e 2017.
Carreira de Jairzinho:
I) Botafogo
Levado pelo
antigo jogador Lucas (José Benedito Lucas de Oliveira), Jairzinho começou a
competir pelos Juvenis do Glorioso em 1961, início de sua trajetória gloriosa
em defesa das cores alvinegras.
E antes de
completar 18 anos de idade estreou pelos profissionais do Botafogo, em partida
amistosa contra o Independiente Santa Fe-COL, em 15 de agosto de 1962, com uma
vitória por 3 a 1.
Pelos Juvenis
foi tricampeão carioca (1961-1962-1963).
E pelos
profissionais: campeão do Torneio Início (1963), bicampeão carioca (1967-1968),
bicampeão da Taça Guanabara (1967-1968), duas vezes campeão do Torneio Rio-São
Paulo (1964 e 1966), campeão do Torneio Governador Magalhães Pinto – Belo
Horizonte (1964), do Torneio Jubileu de Ouro da Associação de Futebol – La Paz
(BOL) (1964), do Quadrangular do Suriname (1964), da Taça Círculo de Periódicos
Esportivos – Caracas (VEN) (1966), da Taça Carranza de Buenos Aires (1966) e do
Hexagonal do México (fevereiro de 1968), além das taças Júlio Bustamante e
Ildemaro Ramos – Caracas (VEN) (agosto de 1968).
Pelo Botafogo
Jairzinho atuou basicamente com duas camisas, a nº 7, pois inicialmente entrava
no time cobrindo as ausências de Garrincha, e a nº 10, com a qual conquistou
seus principais títulos pelo Glorioso.
Nesta primeira
passagem pelo Botafogo, Jairzinho despediu-se da torcida alvinegra em 13 de
outubro de 1974, marcando um gol na derrota de 2 a 1 do Glorioso para o Vasco
da Gama, pelo campeonato carioca.
II) Olympique
de Marseille (FRA)
Negociado com o clube francês por 200 mil dólares, o equivalente a aproximadamente Cr$1.400.000,00 (nossa moeda na época), o atacante rumou para a França em 16 de outubro de 1974, acompanhado de sua mãe, d. Dolores e de sua então futura esposa Thereza Christina.
Após a sua saída
do Olympique de Marseille, já com o passe livre, Jairzinho acertou em novembro
de 1975 a sua participação em quatro partidas pelo clube sul-africano Kaizer
Chiefs, de Johannesburgo (* informação com a colaboração de Rodrigo Dias).
IV) Cruzeiro EC (MG)
Chegando ao
Cruzeiro em janeiro de 1976 e estreando a 1º de fevereiro, o craque conquistou
o campeonato mineiro de 1975, que até então ainda não havia sido concluído, e a
Copa Libertadores da América (1976).
Deixando o clube
mineiro em janeiro de 1977, Jairzinho defendeu amistosamente a equipe do Volta
Redonda FC, no empate de 0 a 0 contra o seu Botafogo, em 29 de janeiro daquele
ano.
V) Portuguesa FC (Acarigua-VEN)
Jairzinho
acertou com o clube venezuelano em fevereiro de 1977, e por esta agremiação
conquistou o título nacional daquele ano.
VI) EC Noroeste (Bauru-SP)
Já em março de
1978 passou a defender este clube do interior paulista.
VII e VIII) Fast Clube (AM) e Nacional FC (AM)
Rumando para a
região norte do Brasil, Jairzinho defendeu seguidamente duas equipes do
Amazonas, inicialmente o Fast Clube (junho de 1979), por três meses e por
último o Nacional.
IX) CD Jorge
Wilstermann (BOL)
Em abril de 1980,
firmou contrato com este conhecido clube boliviano, pelo qual foi campeão
nacional naquele ano.
X) Botafogo
Jairzinho
retornou ao seu clube de coração em junho de 1981, defendendo as cores do
Glorioso até o final do mesmo ano.
XI) 9 de
Octubre FC (Guayaquil-EQU)
E em fevereiro
de 1982, Jairzinho firmou compromisso com este clube equatoriano.
XII) GO Tiradentes (DF)
Em abril de 1983
atuava pelo Tiradentes (DF), quando pela segunda vez enfrentou o Botafogo,
agora na partida decisiva do Torneio 23º Aniversário de Brasília, marcando o
único gol da derrota por 3 a 1 do seu clube da época para o Alvinegro carioca.
Em 14 de
dezembro de 1983 concluiu o curso de auxiliar de treinador de futebol, na
Escola de Educação Física do Exército, na Urca, Rio de Janeiro, preparando-se
para a sua futura carreira, permanecendo ligado ao esporte.
Títulos pela Seleção Brasileira
I) Amadora –
campeão pan-americano (São Paulo-1963).
II) Profissional
– Jairzinho competiu pelo selecionado brasileiro em três copas do mundo (1966,
1970 e 1974), sagrando-se campeão no México (1970), jogando com a camisa nº 7, sendo
até hoje o único jogador de seleção campeã a marcar gols em todas as partidas
de uma copa.
Também foi
campeão pela seleção brasileira na disputa da Taça Independência (‘Minicopa’), marcando
o gol do título na partida Brasil 1 x 0 Portugal, em 9 de julho de 1972, no
Maracanã.
Ingresso da final da Taça Independência (09/07/1972) |
Apelidos
‘El Toro’ –
assim foi apelidado pelos mexicanos, em vista de suas grandes atuações pelo
Botafogo, na disputa do Torneio Hexagonal (fevereiro de 1968).
‘Furacão da
Copa’ – um dos destaques da seleção brasileira no tricampeonato mundial
(México/1970), Jairzinho passou a ser conhecido por este apelido, verdadeiro
cartão de visitas de um fabuloso jogador.
Algumas Homenagens
Em 3 de março de
1982, ao completar 100 jogos pelo selecionado brasileiro, Jairzinho foi
homenageado pela CBF, que lhe ofereceu uma réplica da Taça Jules Rimet. Na
ocasião, o Brasil empatou em 1 a 1 com a seleção da Tchecoslováquia.
Pelo Botafogo, o
craque teve o lançamento de uma camisa comemorativa, com a sua assinatura em
dourado e o nº 7 (2006) e a inauguração de uma estátua de bronze na entrada do
estádio Nílton Santos (agosto/2010), obra do artista plástico Edgard Duvivier.
Jairzinho com sua camisa comemorativa (revista 'Botafogo no Coração', nº 5 / 2006) |
Estátua de Jairzinho - Estádio Nílton Santos (foto: Thiago Lavinas / globoesporte.com - 2010) |
[Fontes: Jornal dos Sports, Manchete, O Cruzeiro, O Globo, O Jornal, Placar, Revista do Esporte, revista ‘Botafogo no Coração’ – nº 5, maio-junho/2006, https://www.kaizerchiefs.com/ e https://datafogo.blogspot.com/2015/03/jairzinho-o-furacao.html.]
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